Eu não sou um rotulo.

Na rua ” A menina do cabelo colorido”, nas redes sociais ” A alternativazinha”, no curso “A feminista”, em tantos outros lugares ” A tímida”, ” A esquerdista”, ” A sereia”, ” A louca”,” A chata”. Quantas vezes a sociedade ira nos diminuir e rotular? Eu não quero etiquetas, rótulos são para produtos, não pessoas.

No atual desastroso e confuso momento político de guerra civil ideológica que vivemos, o fenômeno social de limitação “esquerdista ou direitista” me fez pensar no quanto perdemos humanidade e empatia ao julgar alguém apenas pela generalização de uma posição política, seguida por pessoas com diversas interpretações diferentes. ,

Nunca gostei de rótulos em pessoas, por um simples motivo: Rotular é dar limites. Não somos apenas alternativos, normais, chatos, feios, bonitos, engraçados, gays, héteros, estranhos, coloridos, conservadores, liberais, esquerda e direita. Pessoas são uma infinita possibilidade de interesses, prazeres, talentos. Aos restringimos os outros e a nos mesmos a um grupo ou um rotulo, quantas amizades perdemos? Quantas vezes julgamos ou generalizamos pessoas? Cansei disso.

Conversando com uma amiga a alguns dias, perguntei a ela ” Será que seriamos amigas se não fosse o colégio para nos aproximar?”, ela relutou, mas admitiu que não. Infelizmente, talvez estaríamos limitadas demais aos nossos grupos sociais, a nossa bolha. Plagiando o professor Leo Buscaglia ” Os rótulos são fenômenos que distanciam “…

Minha amiga é evangélica, tímida, tem um estilo clássico e é um pouco conservadora. O oposto de mim. Se eu não tivesse a conhecido e se aproximado dela no ensino médio, provavelmente teria perdido uma grande amiga para um “Pré conceito”, por que é isso que os rótulos são.

 

 

 

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